Mais de 3 milhões de moradores de favelas vivem em ruas onde nem carros conseguem passar, diz IBGE

  • 05/12/2025
(Foto: Reprodução)
A "desurbanização" da favela Dados do Censo do IBGE divulgados nesta sexta-feira (5) mostram que mais de 3 milhões de moradores de favelas vivem em ruas onde nem carros conseguem passar - o que dificulta o acesso a serviços básicos como ambulância, bombeiros e até caminhão de mudanças. Jorge é cria da Rocinha. Vinte e seis anos vividos em uma travessa estreita demais para carro passar. “Eu sinto que as estruturas da favela não acompanharam o crescimento que ela tem”, diz o estudante de Geografia Jorge Leandro Oliveira Júnior. Viver em ruas sem acesso a carros, ônibus e caminhões era a realidade de pouco mais de 3 milhões de pessoas, quase 20% dos moradores de favelas no Brasil, segundo o Censo 2022 do IBGE. Em grandes comunidades como a Rocinha, no Rio, e Paraisópolis, em São Paulo, essa proporção era bem maior. “Você não tem qualquer acesso a infraestrutura que chegue aqui. Então, como que você vai fazer para uma ambulância chegar aqui, como que você vai fazer um processo de mudança na região daqui?”, pergunta Jorge Leandro Oliveira Júnior. Se carro e caminhão não entram, a geladeira sai na base da força de quem aprendeu a driblar dificuldades. Na Rocinha, favela mais populosa do Brasil, o movimento é sempre intenso, um vai e vem constante de veículos e pessoas que dividem o mesmo espaço. E onde calçada é raridade até mesmo nas vias principais. Só 12% dos moradores da Rocinha vivem em ruas onde há um caminho reservado a pedestres. Se ainda falta estrutura básica, acessibilidade parece um sonho distante. Para o vendedor ambulante Mike Batista Tavares, que transformou as rodas do skate em meio de locomoção, o desafio é diário. Começa na porta de casa. “Para mim, os maiores obstáculos são as vielas, as escadas, calçadas, rampas também, que poderiam muito ter essa atenção não só com nós, portadores de deficiência, mas também quanto idosos. Então, ter essa atenção”. Mais de 60% das pessoas moravam em locais sem árvores. Também falta verde nas comunidades urbanas que nasceram sem planejamento, construídas no improviso e na precariedade. “"O conceito clássico de urbanização de favela e comunidades é exatamente você dotá-las de estruturas viárias. Essas obras de melhorias passam por políticas públicas, portanto, por recursos orçamentários do Poder Público e dos governos”, afirma Sydenei Menzes, presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU-RJ). Mais de 3 milhões de moradores de favelas vivem em ruas onde nem carros conseguem passar, diz IBGE Reprodução/TV Globo LEIA TAMBÉM Calçadas, arborização, ponto de ônibus: compare a situação dentro e fora das maiores favelas do Brasil Censo 2022: 64% dos moradores em favelas e comunidades vivem em vias sem a presença de árvores

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/12/05/mais-de-3-milhoes-de-moradores-de-favelas-vivem-em-ruas-onde-nem-carros-conseguem-passar-diz-ibge.ghtml


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