Redes sociais e trabalho informal dificultam contratação para vagas temporárias; entenda

  • 03/11/2025
(Foto: Reprodução)
Faltam candidatos para empregos temporários no Ceará Enquanto o país se prepara para um período de alta nas contratações temporárias, o Ceará enfrenta um problema: a oferta de vagas aumentou, mas milhares delas não estão sendo preenchidas por falta de candidatos. Setores como indústria, comércio e serviços de alimentação são os mais impactados. Siga o canal do g1 Ceará no WhatsApp De outubro a dezembro, a Associação Brasileira do Trabalho Temporário calcula uma oferta de 535 mil vagas temporárias no país, um aumento de 7,5% em relação ao mesmo período do ano passado. As contratações são puxadas principalmente pela indústria, seguida pelo setor de serviços e comércio, impulsionadas pela Black Friday, Natal e férias. Máquinas paradas e setor em busca de jovens Em Fortaleza, uma fábrica de lingerie e moda praia tem 150 vagas abertas, mas não consegue preenchê-las. "As máquinas novas estão prontinhas na linha de produção, mas não tem quem opere", ilustra a situação. A empresa não exige experiência e oferece capacitação gratuita, mas ainda assim enfrenta escassez, principalmente de candidatos jovens. Empregos temporários - CEFalta de candidatos para vagas de emprego temporário preocupa setores no CearáFalta de candidatos para vagas de emprego temporário preocupa setores no CearáLuciana Bouth, coordenadora de marketing da fábrica, aponta possíveis razões para o desinteresse. "Existe a glamourização das redes sociais, a vida dos influencers. A questão, inclusive, que é muito difícil, que o nosso maior concorrente hoje talvez sejam os jogos de azar e a promessa de dinheiro fácil", diz. A concorrência com a informalidade Apesar da segurança e dos benefícios da carteira de trabalho assinada, muitos preferem buscar serviços informais neste período. De acordo com Vladyson Viana, secretário do Trabalho do Ceará, a busca por um ganho imediato é um fator decisivo. "Muitas vezes o trabalhador que está ali sobrevivendo quer ter um ganho imediato, um ganho direto para pagar o aluguel, para fazer a feira do mês, para comprar algum bem. E isso muitas vezes acaba não ser mais atrativo do que um vínculo formal com carteira assinada, que tem ali outros ganhos importantes, mas são ganhos indiretos", afirma. Déficit no setor de alimentação e contratos flexíveis O problema não se restringe à indústria. Os bares e restaurantes do Ceará têm um déficit de 5 mil vagas, que aumenta para 6 mil no fim de ano. Como alternativa, o setor tem recorrido à flexibilização dos contratos. Taiene Righetto, presidente da Abrasel Ceará, cita os contratos intermitentes – onde trabalhadores são convocados para dias e horários específicos – como uma solução. "A oportunidade para essas pessoas que não querem ficar amarrada... por oito horas de trabalho por dia, por 30 dias no mês. [...] Aí poder trabalhar naqueles horários específicos de atendimento mais fortes", explica. Enquanto isso, empresas têm buscado mão de obra em cursos de formação e em pessoas dispostas a aprender, como Maria Eduarda Lima, auxiliar de cozinha recém-chegada ao setor. Seu objetivo reflete um perfil que ainda busca a formalidade: "Ser efetivada, conseguir subir de cargo, melhorar mais o desempenho... aprender mais coisas", planeja. Faltam candidatos para vagas de emprego temporário no Ceará Abrasel/Divulgação Assista aos vídeos mais vistos do Ceará:

FONTE: https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2025/11/03/redes-sociais-e-trabalho-informal-dificultam-empresas-a-conseguir-candidatos-para-vagas-temporarias.ghtml


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