Seleções de vôlei ganham quadras tecnológicas que permitem corrigir imediatamente os erros
31/05/2025
(Foto: Reprodução) O programa de computador mostra as informações para os treinadores e atletas das seleções masculina e feminina através de telões, posicionados ao lado das quadras. Seleções de vôlei ganham quadras tecnológicas que permitem corrigir imediatamente os erros
Dados e imagens em tempo real transformam treinos das seleções brasileiras de vôlei
Reprodução/TV Globo
Na semana que vem, começa a Liga das Nações de vôlei -- e as seleções do Brasil ganharam novos recursos tecnológicos no Centro de Treinamento em Saquarema, no Rio.
Câmeras foram instaladas ao redor das quadras. Elas captam dados como a velocidade da bola nos saques e nos ataques. O programa de computador mostra as informações em tempo real para os treinadores e atletas das seleções masculina e feminina através de telões, posicionados ao lado das quadras. E na jogada seguinte, as correções de movimentos e posicionamentos são feitas.
"O meu ombro não estava aberto no ângulo certo, a minha aterrissagem foi em uma perna só, poderia ter sido nas duas para evitar lesão. Então a tecnologia, ela vem para nos ajudar a melhorar a biomecânica do movimento, ajudar a entender como é que o aspecto tempo-espaço pode colaborar para uma melhor execução", comenta Zé Roberto, treinador da seleção feminina.
Depois os dados são armazenados pelos analistas de desempenho.
"E a gente vai criando um banco de dados, então eu tenho aqui variações de performances de todos os treinos e de todos os jogos acumulados. A gente se compara muito com outras seleções, com outros países também, para que a gente busque entender onde a gente precisa melhorar realmente para conseguir sempre competir de igual para igual", afirma Felipe Lima, analista de desempenho da seleção masculina.
A imagem traz progresso e até pode inspirar os atletas.
"A gente tinha dois grandes objetivos ao fazer a modernização do nosso Centro de Treinamento. Uma era preservar a história e as conquistas do nosso voleibol e o segundo, era na tecnologia", pontua o presidente da CBV, Radamés Lattari.
O Centro de Treinamento tem 22 anos de existência e, nesse período, o Brasil conquistou 17 medalhas olímpicas na quadra e na areia. Além de mais de 80 pódios em campeonatos mundiais adultos e de base. A sala de troféus exalta esse passado e é, na quadra, que se trabalha o futuro.
O telão, as câmeras e os softwares ajudam. Mas os treinadores estão ali por perto sempre para lembrar que outra conexão precisa continuar mesmo quando os dispositivos estão desligados.
"Nós não podemos estar com a cara só na tela, nos números. É olhar para as pessoas. Pessoas melhores, pessoas com mais capacidade se tornam jogadores melhores, se tornam atletas melhores", afirma Bernardinho, técnico da seleção masculina.
Dados e imagens em tempo real transformam treinos das seleções brasileiras de vôlei
Reprodução/TV Globo
LEIA TAMBÉM
Esposa posta foto do ex-zagueiro Lúcio em recuperação no RS após queimaduras com lareira ecológica
Entenda o que é xenofobia, crime de que Bobadilla é acusado de cometer contra jogador venezuelano na Libertadores
Primeira mulher trans campeã da Superliga de Vôlei começou a carreira em Goiânia: ‘Jogava na rua’